terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Consumo de energéticos pode acelerar alcoolismo, diz pesquisa


Estudo mostra que a venda dessas bebidas precisa ter regulamentação mais rígida


por Redação Galileu

O uso de energéticos se popularizou muito nos últimos. Essas bebidas são consumidas pelas mais diversas razões: despertar para conseguir estudar durante a madrugada, ficar atento em testes, conseguir trabalhar após uma noitada e até durante as festas, quando são geralmente misturadas ao álcool. Muitas pesquisas já mostraram os prejuízos da combinação entre energético e bebidas alcoólicas, mas um novo estudo pesquisa relaciona seu consumo diretamente ao alcoolismo.

O estudo, feito com mil universitários nos Estados Unidos, mostra que quem bebe 52 vezes ou mais energéticos ao ano tem mais chances de se envolver em episódio de bebedeiras pesadas e de desenvolver dependência alcoólica do que pessoas que consomem menos ou nunca consomem as bebidas estimulantes.

O estudo, que será publicado na edição de fevereiro da revista médica Alcoholism: Clinical & Experimental Research, avaliou os universitários por 12 meses. A cientista responsável, Amelia M. Arria, descobriu que quem consumiu muito energético tinha mais chances de começar a ingerir álcool mais cedo, bebe mais doses alcoólica por vez e tem a chance de desenvolver dependência alcoólica aumentada.

Outras pesquisas recentes mostram os riscos da ingestão combinada de energéticos com álcool. Essas bebidas, com vários sabores e facilmente compradas por pessoas de qualquer idade, contém altas doses de cafeína, o que pode gerar uma falsa sensação de não estar bêbado. Mesmo após o consumo de uma quantidade de álcool que normalmente deixaria uma pessoa sentindo os reflexos atrapalhados, a cafeína mascara este efeito. Por se sentir mais alerta, o usuário pode ser induzido a beber mais ou a realizar atividades arriscadas, como dirigir.

Para os pesquisadores, esses resultados mostram a necessidade de uma regulamentação maior da venda energéticos e o controle da quantidade de cafeína . Mas principalmente, deixam claro que é preciso informar a população sobre os riscos.

Fonte: Revista Galileu

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